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  Ficha Técnica

 

Sendo o rádio o meio de comunicação em massa mais popular devido sua capacidade de passar a mensagem para as pessoas de forma falada e via áudio ao mesmo tempo, facilita as atividades do indivíduo no dia-a-dia. É uma comunicação que a maioria das pessoas tem acesso, de rápida difusão e é uma mensagem passageira (não fica salva - em tese - já que existem excessões).

 

 "Segundo dados do Ministério das Comunicações, o Brasil possui aproximadamente 3.000 emissoras de rádio, distribuídas em 50% para AM e FM" 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No rádio ocorre o tráfego de informações por ondas eletromagnéticas. 

 

A invenção do rádio é creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, a partir dos resultados dos estudos de Heinrich Hertz, Augusto Righi e outros. 

 

Marconi concluiu que tais ondas poderiam transmitir mensagens, e, assim, em 1895, fez suas primeiras experiências, com aparelhos rudimentares.

 

Na Inglaterra, em 1896, obteve a primeira patente para o seu telégrafo sem fio devido aos interesses comerciais dos ingleses (alcançar navios cargueiros afastados da costa).

 

Marconi recebeu o Prêmio Nobel de Física juntamente com Karl Ferdinand Braun, em 1909.

 

A primeira irradiação musicada foi feita em 1920, e, em setembro de 1922, conseguiu pela primeira vez, na Inglaterra, alcançar a Austrália.

 

É um veículo de comunicação baseado na difusão de informações sonoras por meio de ondas eletromagnéticas. 

 

No Brasil 

O rádio se estabelece no Brasil dentro de uma pequena parcela da elite, com condições socioeconômicas para ter acesso a equipamentos (então muito caros), e que percebe o potencial do rádio.

 

A elite forma, quase como um hobby, clubes e sociedades dedicadas à escuta e à transmissão, base das primeiras estações brasileiras.

 

Na cronologia da comunicação eletrônica de massa brasileira o surgimento do rádio no Brasil é marcado com a fundação da Rádio Clube de Pernambuco por Oscar Moreira Pinto, no Recife, em 6 de abril de 1919.

 

A primeira demonstração pública de rádio ocorre na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, em 1922, durante as Comemorações do Centenário da Independência.

 

A marcha dos soldados, as vozes de comando, os discursos da inauguração da exposição e até as palestras do presidente com as altas autoridades eram transmitidas para o público pelos dois fones, aglomerando-se os populares em redor dos mesmos, para ouvirem, nos seus mínimos detalhes, tudo o que se passava no pavilhão das festas, na ocasião da cerimônia inaugural. 

 

Na noite deste mesmo 7 de setembro de 1922, os “telefones alto-falantes”, forma utilizada na imprensa para identificar as singelas cornetas colocadas em alguns pontos da exposição, trazem aos pavilhões a ópera O guarani, apresentada, a algumas quadras, no Teatro Municipal.

 

 Em 1923, foi inaugurada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (atual Rádio MEC). A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi criada por um grupo de cientistas, tendo a frente um dos principais antropólogos do país, Edgard Roquette-Pinto.

 

Com preocupação nitidamente de difusão cultural, embora marcada por certo elitismo, a Rádio Sociedade, pretendia oferecer “conferências populares de ciência, literatura e arte”.

 

A rádio Sociedade parecia uma extensão da Academia de Ciências, o slogan era “Trabalhar pela cultura dos que vivem em nossa terra e pelo progresso do Brasil”.

 

   Roquette-Pinto ganhou o apelido de “pai do rádio brasileiro”, pela erudição, pelo idealismo e pela atividade incessante - apesar de sua Rádio Sociedade do Rio de Janeiro não ter sido cronologicamente a primeira do país.

 

 

 

 

 

Dados sobre o rádio

Narração - Roquette-Pinto
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A primeira fase do rádio no Brasil ficou caracterizada pelo idealismo, teve um viés educativo-cultural, associado às noções de modernidade e de progresso.

 

Radiojornalismo no Brasil

 

   O “Jornal da Manhã” foi o primeiro programa de cunho jornalístico de rádio no Brasil, efetivado por Roquette-Pinto, pioneiro da radiofusão no país.

 

 O jornalismo de rádio era feito com a leitura de notícias dos jornais impressos, no intervalo entre uma música e outra. 

 

 Em julho de 1931, o presidente Getúlio Vargas criou o Departamento Oficial de Propaganda – (DOP), que fornecia informações oficiais para a imprensa.

 

Vargas decretou a liberação de investimento publicitário em rádio. O padrão comercial substituiu o ideal educativo da inauguração da mídia no Brasil. 

 

Na década de 1940, o rádio brasileiro passou a tomar como base o modelo norte-americano (iniciativa privada, objetivo de lucro);

 

Mesmo assim, as décadas de 1940 e de 1950 foi um período fértil de construção de uma linguagem nacional própria do rádio para a transmissão de notícias.

 

Nesse período, alguns programas jornalísticos estavam à frente das outras emissoras brasileiras na irradiação dos fatos, eram esses:

 

“O Grande Jornal Falado Tupi” (a Rádio Tupi existe até hoje foi fundada em 1935, com a presença do próprio Marconi), sob a tutela de Assis Chateaubriand, “Comandos Continental” , sob a direção de Gagliano Netto e o  “Repórter Esso” (1941-1968) transmitido inicialmente pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e também pela Rádio Record, em São Paulo, sob a direção de Paulo Machado de Carvalho, e depois, pela Rádio Globo.

 

No Repórter Esso destaque para Heron Domingues, autor da frase: "Se não deu no Esso, não aconteceu". Heron passou 18 anos no comando do programa, sendo substituído por Roberto Figueiredo, que apresentou a última edição do Repórter Esso, transmitida no rádio em 31 de dezembro 1968.

Entre os anos 50 e 60, é importante destacar ainda, a popularização do transistor diminuiu o tamanho dos aparelhos receptores, criou a possibilidade de mobilidade na transmissão, facilitou a portabilidade, permitiu que os carros tivessem rádio, aumentou o espectro de ouvintes.

 

Na década de 1960, o rádio investiu no gênero informativo como alternativa para continuar a existir frente à concorrência da TV.

 

A década de 1980, foi marcada pela hegemonia das FM (ondas curtas) em relação às AM (ondas longas).

 

Dos anos 90 em diante, as rádios se reinventaram e foram redescobertas pelo grande público, que as ouve em trânsito. Foram criadas rádios 24 horas, houve segmentação no mercado radiofônico (ex.: só sobre trânsito, só música, só determinado tipo de música, etc...) e cresceram, inclusive, as rádios comunitárias.

 

Foram criadas, também, várias emissoras que tem em sua programação, apenas notícias. Em São Paulo, podemos destacar como exemplos as rádios CBN, SulAmérica e Estadão ESPN, entre outras.

 

O século XXI é marcado pelas operações de rádio com sinal digital e pela convergência midiática (produção de conteúdo em múltiplas plataformas, em convergência com outras mídias, e com colaboração cada vez maior dos “radiouvintes”). Criam-se rádios web ou WebRádios. 

 

 

 

 

 

 



(Com colaboração de Roberta Brandalise - texto apoio usado para montagem da pesquisa)

Por Giovanna Sutto - Jornalismo Cásper Líbero - A voz que emociona

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